domingo, 9 de abril de 2017

Obras de Monteiro Lobato



          
– Urupês

               Este livro de contos, considerado por muitos a obra-prima de Monteiro Lobato, tornou-se um clássico da literatura brasileira. É um fenômeno sem precedentes que provoca um terremoto literário, outro sociológico e outro político. A primeira edição, lançada em 1918, foi toda ilustrada pelo próprio Lobato. Junto com Saci, constitui a primeira experiência e também o primeiro êxito editorial de Lobato, financiada com recursos próprios. A terceira edição, em 1919, esgotou-se rapidamente, devido a uma longa referência ao Jeca Tatu, personagem central do livro, feita por Rui Barbosa, o que ensejou uma quarta edição. Lobato brinca com o idioma, adota o vocabulário doméstico do interior de São Paulo, cria palavras novas - como, por exemplo, “matracolejando gargalhadas” - muitas das quais estão hoje nos dicionários. São vários contos, retratando aspectos da realidade brasileira nos quais denuncia, numa linguagem vigorosa, o drama da exclusão social, que ainda persiste no Brasil pós-Lobato. “Velha Praga” é uma reportagem sobre os grandes incêndios - as queimadas - que produzem estragos na lavoura e na economia do País comparáveis aos de uma grande guerra. Buscando culpa, refere-se ao nosso caboclo como “funesto parasita da terra... inadaptável à civilização”. Em Urupês, ele contrapõe aos heróis da literatura indigenista o caboclo, o pobre Jeca, indiferente ao desenvolvimento do País. O livro provocou muita polêmica. Lobato mais tarde reconheceu que o retrato do caboclo era injusto, que a culpa não era do Jeca, mas sim daqueles responsáveis pela sua miséria e abandono.

– Cidades Mortas

               Foi publicado originalmente em 1919, numa edição da Revista do Brasil. Reúne os primeiros escritos de Lobato, ainda estudante em Taubaté, e contos que escreveu antes de viajar para ocupar um posto no Consulado brasileiro, em Nova Iorque. Mostra o Brasil de duas épocas, porém com os mesmos problemas, país onde os políticos não têm a menor preocupação social. Nos contos transparece a transição da agricultura brasileira provocada pela grande crise do café, ocorrida em 1929. É um retrato bem nítido do que era São Paulo nos anos 20.

– Negrinha

               Muitos acreditam que neste livro estão os melhores contos escritos por Lobato. Sem dúvida são os mais emotivos e que mais agradaram ao público. Alguns contos foram escritos antes de sua viagem aos Estados Unidos, outros depois do retorno. O livro contém verdadeiras preciosidades no tratamento do idioma e os personagens são mais urbanos e mundanos que os dos livros anteriores. Há, de fato, contos primorosos que honram a literatura brasileira, como, por exemplo, “A facada imortal”.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Projeto Conhecendo Monteiro Lobato e suas obras


"Um país se faz com homens e livros"
Monteiro Lobato

Período de execução: mês de Abril
Clientela: Comunidade escolar.

JUSTIFICATIVA:
O Projeto tem por justificativa a necessidade de apresentar para os alunos e comunidade a vida e a obra de Monteiro Lobato, fazendo da leitura um grande prazer. Conhecer Sítio e seus personagens, desbravando as páginas escritas pelo autor. Conhecer o pai da literatura infantil é muito mais que um dever escolar, é uma contribuição essencial para o nosso crescimento.